O cibercrime está na ordem do dia e não há propriamente ninguém que desconheça que esta é uma crescente ameaça. No entanto, tal não impede que se continuem a cometer alguns erros crassos, fruto de inúmeros mitos associados à cibersegurança. O resultado tende a ser uma maior exposição ao risco do que seria desejável, consequência de posturas mais complacentes e de abordagens erradas aos perigos existentes. Tomar consciência de quais são esses mitos é um passo fundamental para mudar a forma como particulares e empresas se protegem dos ataques cibernéticos.

Mito 1: “Os hackers só atacam grandes empresas”

Um dos maiores equívocos é pensar que os hackers só se interessam por grandes corporações. Na realidade, muitas pequenas e médias empresas (PMEs) são alvo de ciberataques porque, frequentemente, têm menos recursos para investir em cibersegurança. Segundo um relatório da Verizon, 43% dos ataques cibernéticos são direcionados a pequenas empresas, demonstrando que ninguém está a salvo.

Mito 2: “Os antivírus são suficientes para proteger o meu sistema”

Embora os programas antivírus sejam uma componente importante da cibersegurança, eles não são uma solução completa. Os cibercriminosos utilizam técnicas avançadas, como phishing e ransomware, que podem passar despercebidas aos antivírus tradicionais. A cibersegurança eficaz requer uma abordagem em camadas que inclua firewalls, sistemas de deteção de intrusões, e práticas de segurança como a educação dos utilizadores e a aplicação de patches regularmente.

Mito 3: “As palavras-passe complexas garantem a segurança”

Utilizar palavras-passe complexas é uma boa prática, mas não garante a segurança total. Ataques como o phishing podem comprometer até as palavras-passe mais seguras. A autenticação de múltiplos fatores (MFA) é uma camada adicional de segurança que pode prevenir o acesso não autorizado, mesmo que uma palavra-passe seja comprometida.

Mito 4: “A cibersegurança é responsabilidade do departamento de TI”

Embora o departamento de TI desempenhe um papel crucial na implementação de medidas de segurança, a cibersegurança é uma responsabilidade de todos na organização. Qualquer colaborador pode ser uma porta de entrada para um ataque cibernético, razão pela qual é essencial que todos estejam conscientes das melhores práticas de segurança e das políticas da empresa.

Mito 5: “A minha empresa nunca foi atacada, por isso estamos seguros”

A ausência de incidentes conhecidos não significa que uma empresa esteja segura. Muitas violações de segurança podem passar despercebidas durante meses ou até anos. Realizar auditorias regulares de segurança e monitorizar continuamente a rede pode ajudar a identificar e mitigar ameaças antes que causem danos significativos.

Mito 6: “Os backups automáticos são infalíveis”

Fazer backups regulares é uma prática recomendada, mas confiar cegamente neles pode ser perigoso. É crucial testar regularmente os backups para garantir que podem ser restaurados com sucesso. Além disso, manter os backups offline ou em locais seguros pode proteger contra ataques de ransomware que tentam encriptar ou eliminar backups acessíveis pela rede.

Mito 7: “Os dispositivos móveis são seguros”

Muitas pessoas acreditam que os seus smartphones e tablets são menos suscetíveis a ataques do que os computadores tradicionais. No entanto, dispositivos móveis são alvos frequentes de malware, phishing e outras ameaças. Utilizar software de segurança móvel e evitar redes Wi-Fi públicas inseguras são passos importantes para proteger estes dispositivos.

Conclusão

Desmistificar os mitos da cibersegurança é crucial para fortalecer a defesa contra ataques cibernéticos. Tanto particulares como empresas precisam de adotar uma abordagem proativa e educada em relação à cibersegurança, implementando medidas robustas e mantendo-se atualizados sobre as melhores práticas e as ameaças emergentes. Ao fazê-lo, podemos reduzir significativamente a exposição ao risco e proteger melhor os nossos dados e sistemas.

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